Cultura

Educadores resgatam brincadeiras de rua

IPATINGA – A dupla de educadores ipatinguenses Lumma Siqueira e Douglas Evangelista realiza o projeto “Se Essa Rua Fosse Minha” para resgatar a cultura popular das brincadeiras de rua no Vale do Aço. O projeto nasceu da ideia de pintar uma amarelinha para seus filhos brincarem na porta de casa, em abril de 2017. No início, o objetivo era proporcionar às crianças a oportunidade de brincar na rua junto com os seus colegas do condomínio, com o tempo os jovens educadores observaram que as crianças que transitavam por aquela rua sempre passavam pulando pela amarelinha, foi então que surgiu a idéia de levar as brincadeiras populares e suas histórias para as ruas dos bairros periféricos da cidade. A proposta deu tanto certo que já expandiram as ações para outras cidades do Vale do Aço. Recentemente, a dupla pintou um caracol que fez o maior sucesso entre a criançada na Praça Coliseu, no bairro Timirim, em Timóteo, a ação foi desenvolvida em parceria com o Espaço Cultural Casa Laboratório, em fomento à apropriação do espaço da pracinha pelas crianças do bairro e de outras regiões. O projeto reconhece os jogos de rua como patrimônio imaterial capaz de definir a identidade de um povo, e as brincadeiras populares estimulam as relações sócio afetivas, proporcionando a integração entre as crianças criadas em apartamento e regiões periféricas, oferecendo conhecimento histórico local e uma opção de lazer de fácil acesso.

JOGO DA AMARELINHA

A amarelinha é uma brincadeira de origem francesa que fez e continua fazendo parte da infância de várias gerações. No Brasil, a brincadeira é herança dos portugueses que a trouxe para divertir os seus descendentes na época da colonização. Logo a diversão tomou conta do universo infantil. O jogo criativo de dinâmica simples se tornou sucesso por ser fácil de brincar e ser jogado em qualquer espaço, principalmente os abertos. Com um giz ou um graveto, um pedaço de tijolo e uma pedrinha, é possível desenhar uma amarelinha no chão e iniciar a brincadeira.
O jogo tem suas variações, podendo mudar o formato de suas casas dependo da criatividade de quem o fizer. Para brincar basta lançar um objeto, comumente a “pedrinha”, nas casas numeradas e saltar sem pisar na linha até chegar ao céu, a brincadeira evolui de acordo com o avanço nas casas do jogo, e o mais legal disso tudo, é a participação dos amigos, pois a amarelinha não tem graça se jogada se jogada sozinha.

OS EDUCADORES
Lumma Siqueira e Douglas Evangelista são educadores no município de Ipatinga, e se uniram na realização deste projeto. Lumma é técnica em Química, trabalhou como Articuladora Territorial da Educação Integral na Secretaria Municipal de Educação de Ipatinga nos últimos três anos, foi coordenadora do Programa Práticas Sociais Produtivas da EJA no Campo, vencedor do Prêmio Medalha Paulo Freire 2015, na ALA Práticas Inovadoras da EJA no Campo, com seu projeto desenvolvido no bairro Ipaneminha, zona rural de Ipatinga, e idealizadora do projeto “Escológica” premiado no Concurso Escola Ecológica da Multinacional Anglo American Mineradora, no município de Conceição do Mato Dentro, em 2013. Ela é estudante de Licenciatura em Química e atualmente leciona na Escola Estadual José Rosa Damasceno no município de Santana do Paraíso. Douglas Evangelista, é estudante de Artes Visuais e exerce a função de Articulador Artístico na Secretaria Municipal de Educação de Ipatinga, foi coordenador do projeto “Arte na Cidade” em 2016, e desenvolve desde 2006 projetos culturais/sociais no Vale do Aço, entre eles o projeto “Arena da Liberdade”, premiado pela Secretaria de Defesa Social do Estado de MG e o projeto “Circuito Ritmos de Danças Urbanas”, aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura 2014, que já segue para a sua 5ª edição.

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