Licitações começaram na última quinta-feira e já foram contabilizados mais de R$ 1 bilhão em propostas
(Crédito: Imprensa Dnit)
(DA REDAÇÃO) – Continuou nesta sexta-feira (14) o processo licitatório para as obras de duplicação da BR-381. Foi o segundo dia de audiências realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) em Brasília. Até ontem, o órgão já havia contabilizado mais de R$ 1 bilhão em propostas de empresas interessadas em realizar os trabalhos.
Foram licitados dois lotes da obra: o lote quatro, do Ribeirão Prainha, em Jaguaraçu, ao acesso sul de Nova Era, e o lote cinco, ligando Nova Era a João Monlevade. A primeira audiência teve início às 14 horas e mobilizou sete consórcios, que entregaram suas propostas. O menor preço inicial apresentado foi do consórcio CGL/Spazio Urbanismo Engenharia: R$ 142.326.240. No entanto, o presidente da Comissão de Licitações do DNIT, Arthur Pinho de Lima, afirmou que os valores apresentados estavam muito acima do orçamento e apenas dois grupos de empresas permaneceram no local para negociarem. O valor oferecido pelo Departamento foi de R$ 120 milhões, mas o menor preço dado na rodada de negociações foi de R$ 141,6 milhões.
A sessão chegou a ser suspensa por alguns minutos e o valor oferecido pela autarquia federal subiu para R$ 130 milhões. Após intensa negociação, todas as empresas declinaram e o presidente afirmou que o menor preço não alcançou valor limite e que a sessão fracassou.
As negociações foram reabertas em seguida e a proposta do consórcio CGL/Spazio foi a vencedora no quesito preço, mesmo com valor acima do orçamento. Os grupos interessados deverão apresentar proposta técnica para a obra e esta etapa definirá o vencedor.
Às 17 horas teve início a segunda sessão do dia para licitar o quinto lote e cinco empresas participaram da audiência. Mais uma vez, foram apresentadas propostas que, segundo Arthur Pinho de Lima, estavam acima do orçamento. O menor preço foi dado pelo consórcio Emsa/Astep: R$ 136,868 milhões. Uma rodada de negociações foi cogitada pelo presidente, mas as outras companhias participantes não quiseram participar, permanecendo assim a proposta inicial.
Após o segundo dia de sessões da licitação da BR-381, 203,2 km já tiveram menor proposta de preço. Ao todo, as obras na rodovia irão contemplar 303 quilômetros.
A partir de agora, o DNIT passa a analisar as propostas técnicas de cada lote a fim de definir, em um prazo de aproximadamente 30 dias, as notas para as propostas técnicas. As notas das propostas técnicas serão somadas às notas das propostas de preços. O vencedor de cada lote será o que obtiver a maior nota deste somatório. Definida a nota vencedora, a empresa ou consórcio de empresas deverá apresentar a documentação de habilitação e o detalhamento da proposta de preços quando, então, será encerrado o certame e assinado o contrato.
QUINTA-FEIRA
O processo de licitação para as obras na 381 começou na última quinta-feira (13), com o recebimento de propostas para cinco lotes que contemplam o trecho entre a cidade de Governador Valadares, entroncamento da BR-116, a Jaguaraçu, no Ribeirão Prainha.
Três lotes, equivalentes a mais de 161 quilômetros, foram conquistados por um único grupo: o consórcio Isolux Corsan e Engevix, que ofereceu o melhor lance no quesito preço. Os outros dois lotes, que se referem a obras especiais como túneis, tiveram menor preço apresentado pelo consórcio Toniolo Busnello/GP Consultoria, no valor de R$ 76,6 milhões. Entretanto, o preço alvo não foi atingido e o DNIT negociará com a empresa que obteve melhor pontuação. No primeiro dia de licitações, foram apresentadas propostas que totalizaram mais de R$ 374,9 milhões.
Na próxima segunda-feira (17), o DNIT recebe as propostas técnicas e de preços dos últimos quatro lotes. A previsão é de que as obras sejam iniciadas no segundo semestre de 2013 e durem três anos. Os trabalhos preveem a construção de um traçado mais moderno e com menos curvas que o atual. Entre a capital Belo Horizonte e Governador Valadares são 314 quilômetros e mais de 800 curvas.
