Cidades

DNIT apresenta projeto de duplicação da BR-381

A apresentação foi a última exigência legal antes da licitação para realização das obras que terminará em 31 de julho   (Crédito: Mariana Goulart)

 

IPATINGA – Dirigentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estiveram em Ipatinga na tarde de ontem (27) para apresentar o projeto executivo de duplicação, restauração e melhoramento da BR 381, no trecho que liga o município de Governador Valadares a Belo Horizonte.
De acordo com as apresentações, um projeto de adequação de capacidade da rodovia será iniciado no próximo ano. A apresentação é a última exigência legal antes da licitação – que terminará em 31 de julho – para a realização das obras. E é necessária para expor o projeto, sanar dúvidas sobre ele e ouvir sugestões a respeito do empreendimento.

LOTES
A obra será dividida em etapas que serão chamadas de lotes, e os três primeiros irão contemplar as estradas da região. Os trechos vão do entroncamento com a BR-116 em Governador Valadares, próximo ao quilômetro 155, até o quilômetro 317, em Santa Maria do Itabira. O lote 1 contemplará o trecho que liga Governador Valadares a Belo Oriente; o segundo ligará Belo Oriente a Jaguaraçu, e o terceiro passa pela estrada que liga a Belo Horizonte.
José Florentino Caixeta, diretor de planejamento e pesquisa do DNIT, disse estar satisfeito com o anúncio das obras. “Quero anunciar que me sinto muito feliz em poder participar da concretização dessa obra. Posso falar resumidamente da adequação das vias que serão feitas para conferir maior segurança e conforto aos usuários. Hoje o usuário desta via está feliz porque está sendo sinalizada uma possibilidade concreta de realizar esse empreendimento e amenizar o sofrimento”, declarou.

VALORES
O trecho dos três lotes tem 162 quilômetros de extensão e a previsão orçamentária da obra chega a R$ 762 milhões. Todo o valor investido será proveniente de recursos do governo federal. O lote 3 é o de menor extensão, 27,8 km. Nele será feito o maior investimento, cerca de R$ 448 milhões.
Tal fato deve-se aos fatores topográficos das estradas que são representadas pelos lotes. Enquanto o lote 1 é composto por 70% de retas e apenas 30% de curvas, e o de número 2 tem a metade do seu trecho em retas e a outra metade em curvas, o lote 3 tem 70% de curva. Isso foi o principal motivo que fez com que as obras de maior dimensão e impacto fossem propostas para o último lote.

OBRAS
José Florentino Caixeta discriminou as obras que estão previstas em cada um dos três lotes. “Vamos separar os fluxos rodoviários da comunidade local. No lote 1 vai ser feita uma adequação de terceira faixa. No lote 2 já tem uma demanda bem superior e vão ter ações de duplicação de via, intervenção mais expressiva do ponto de vista de duplicação atendendo a demanda, porque o tráfego é mais volumoso. E no lote 3 o projeto é muito arrojado e especial, e além da duplicação, a população vai ser contemplada com uma obra com túneis, para reduzir os riscos”, explicou José Florentino.
Das 37 curvas do lote 3, 21 foram consideradas inadequadas e não vão poder ser aproveitadas no projeto. A pavimentação do local será feita em concreto e serão construídas oito pontes, dois viadutos, uma passagem inferior e um alargamento. Aproximadamente 14 quilômetros do trecho serão duplicados e em outros 13 serão implantadas novas pistas.

PRAZOS
De acordo com José Florentino Caixeta, após o fim do prazo para a licitação das obras serão necessários aproximadamente seis meses para o início dos trabalhos. “O prazo termina no final de julho, pois a licitação de obra demanda mais tempo que a licitação de projeto, porque temos que fornecer um período para as empresas se manifestarem com as propostas e depois temos o prazo para ajustar alguma demanda de justificativa. Acredito que em cinco ou seis meses após a licitação, as obras podem começar. Esse tempo é necessário para não cometermos infrações e para que quando a obra começar não tenha problemas”, informou.
Para a execução das obras do lote 1 e 2 estão previstos 24 meses e para as do lote 3, 36 meses. José Florentino contou que a decisão de realizar a licitação das obras de forma simultânea ou não depende da autorização do governo federal. “Pela vontade da presidente da República, ela quer definir logo. Mas acompanhamos esse projeto no dia a dia e sabemos que alguns segmentos carecem de maturação para não comprometer o avanço na época da execução. Estamos com a expectativa que, à medida que os projetos forem sendo finalizados, a gente vai liberando para que a licitação das obras seja feita. Mas a decisão de licitar em bloco ou em separado será tomada pelos superiores”, concluiu.


José Florentino Caixeta discriminou as
obras previstas em cada lote

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com