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Deputados iniciam votação do impeachment às 14 horas

 

A madrugada foi tensa no plenário da Câmara dos Deputados, com muitas acusações e agressões

BRASÍLIA – Após 9 horas e 40 minutos de discursos dos deputados inscritos para falar contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a fase de discussão da matéria foi encerrada.
Nessa etapa, falaram 142 deputados, 66 favoráveis e 51 contrários, e outros 25 líderes partidários. Desde as 2h40 da manhã, não havia mais inscritos contra o impeachment e vários deputados favoráveis deixaram de falar para encerrar a sessão antes do previsto.
Todo o processo começou na sexta-feira (15), com as inscrições por partidos, e nessas quase 43 horas, foram ouvidos 389 discursos.

EXPECTATIVAS
As expectativas sobre a votação neste domingo ainda estão indefinidas. Os próprios jornais golpistas que publicaram nas capas das edições de hoje os nomes dos deputados pró e contra o impedimento da presidenta, divergem sobre os números. A Folha fala em 347 e o Estadão em 350. Mas, desde a tarde de ontem teve início o movimento de dissidência “Nem Dilma, nem Temer” que pode neutralizar cerca de 30 votos. O Palácio do Planalto também fechou o cerco em busca de votos, com o apoio dos governadores de estado.
Avaliações otimistas para barrar o impeachment também foram feitas pelo governador Fernando Pimentel, que exonerou secretários detentores de mandato de deputado federal para fazer o enfrentamento ao golpe.

RELATÓRIO
Depois de encerrada a sessão, que teve troca de tapas e manifestações durante a madrugada, os trabalhos devem ser reiniciados às 14 horas para a votação do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado na comissão especial, que determina a abertura de processo de crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff.

RITO
Cabe à Câmara dos Deputados autorizar, ou não, a abertura de processo de impeachment contra a presidente. Essa decisão depende do aval de 342 votos favoráveis, dois terços da composição da Câmara dos Deputados. Se o processo for aberto, o Senado será responsável por julgar a presidente Dilma.

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