Cidades

Decreto regulamenta jornada experimental, afirma Sintserpi

Ao saber da mudança no decreto municipal, os agentes comunitários de saúde e de combates a endemias se concentraram no prédio da Prefeitura, junto com Helenir de Lima

IPATINGA – A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Ipatinga (Sintserpi), Helenir de Lima, afirmou na tarde de ontem (22) que a revisão na jornada de trabalho dos agentes comunitários de saúde e de combates a endemias até 31 de dezembro é uma medida de caráter experimental.
“Precisamos analisar se a redução de oito para seis horas diárias de trabalho para os agentes não vai comprometer o serviço público. Defendemos o que é melhor para o trabalhador e em conjunto para os usuários”, explicou.

A sindicalista esclareceu que desde o começo do ano vem mantendo uma agenda regular de negociações com a Secretaria de Saúde para que houvesse a revisão na carga horária dos agentes.
Tanto que uma comissão de quatro servidores da área, juntamente com a direção do Sintserpi, esteve reunida no dia 30 de outubro na Prefeitura com o representante do governo Robson Gomes (PPS) e ficou acertada a jornada experimental até 31 de dezembro.

DECRETO
“No Sintserpi, nenhuma negociação é feita apenas com a presidente. Sempre nomeamos representantes dos trabalhadores para dar maior transparência às nossas ações. Por isso, tenho tranquilidade em dizer que os agentes de saúde e endemias sabem que não estou usando o decreto para fazer campanha, como quis parecer”, falou Helenir, sem entrar no mérito da disputa eleitoral que acontece nesta sexta-feira (23) no sindicato.

Ainda segundo a presidente, na última terça-feira (20), quando recebeu a primeira versão do decreto sem a especificação de data, ela ficou surpresa, já que o acordado em reunião era a jornada experimental.
“A mudança foi feita e não temos nenhuma responsabilidade na decisão que foi tomada posteriormente. Também fomos pegos de surpresa e por isso passei toda a quarta-feira no prédio da Prefeitura para entender o porquê da mudança junto com os trabalhadores”, contou.

“FARSA”
Na quarta-feira, decreto do prefeito Robson Gomes dava conta de que a jornada de trabalho dos agentes de endemias e combate à dengue seria reduzida; na mesma noite, decreto publicado pelo governo estipulava a redução para seis horas, porém com validade até dia 31 de dezembro. A primeira versão foi distribuída para os servidores. Outro problema é a mudança ter sido feita por decreto – deveria ser por lei – e ainda no período pós-eleição municipal, o que é vedado pela legislação eleitoral.

A candidata da Chapa 2, Marcione Menezes, denunciou uma ‘farsa’ para enganar os servidores às vésperas da eleição, já que o decreto divulgado não mostrava que o benefício tinha prazo de validade. “Por que o decreto que circulou entre os servidores não falou que a medida só vale até dia 31? Por que o prefeito só concedeu o benefício até o final do ano, apenas por um mês, que fundamento é esse?, questionou.

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