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Datafolha: Aprovação de Mandetta é mais do que o dobro da de Bolsonaro

Mais uma pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (03) analisando a opinião popular sobre os políticos perante à crise causada pelo novo coronavírus

BRASÍLIA – Segundo o Datafolha, a popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disparou nas últimas semanas.

Na rodada anterior, feita de 18 a 20 de março, a pasta era aprovada por 55%. Agora, o número saltou para 76%, enquanto a reprovação caiu de 12% para 5%.

Enquanto seu ministro se destaca, o presidente Jair Bolsonaro viu sua reprovação aumentar de 33% para 39%, crescimento no limite da margem de erro. A aprovação segue estável (33% ante 35%), assim como a avaliação regular (26% para 25%).

O instituto de pesquisa também analisou os governadores e prefeitos do Brasil. Aprovam a gestão de seus governadores 58% dos brasileiros, ante 55% da rodada anterior. Os reprovam os mesmos 16% e a avaliação regular caiu de 28% para 23%. Já os prefeitos recebem avaliação “ótimo/bom” de 50%, “regular” de 25% e “ruim/péssimo” de 22%.

REJEIÇÃO

Bolsonaro é o único que vê sua rejeição subir perante à crise. Isso porque o ex-capitão defende o fim do isolamento social, ação muito recomendada por órgãos mundiais de saúde pelo mundo. O presidente chegou a fazer um pronunciamento oficial chamando a pandemia de “gripezinha” e incentivando as pessoas voltarem às suas rotinas.

A declaração de Bolsonaro vai de encontro com a atitude dos 27 governadores, que decretaram quarentena em seus estados para barrar o aumento das infecções do novo vírus, que já matou mais de 50 mil pessoas pelo mundo.

Além dos governadores, o ministro da Saúde também tem incentivado que as pessoas fiquem em casa, o que tem esquentado o clima entre o presidente e ele. Nesta quinta-feira, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que não pretende demitir Mandetta, mas disse que “tá faltando humildade” ao chefe da Saúde e destacou que “nenhum ministro é indemissível”.

Bolsonaro é pior avaliado por mulheres (43% de reprovação), pessoas com curso superior (50%) e mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais, 46%). O levantamento ouviu 1.511 pessoas por telefone, para evitar contato pessoal, e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou menos.

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