Cidades

CREIA entrega certificados de conclusão a 50 alunos

(Crédito: ACS/PMT)

 

TIMÓTEO – O Centro de Referência em Educação Inclusiva Ativa (CREIA) da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia promove a solenidade de entrega de certificados aos alunos do Curso Básico de Libras (Língua Brasileira de Sinais). A cerimônia acontece no dia 12 de dezembro, às 18h, no auditório do CREIA. Cinquenta participantes estão concluindo este mês o curso iniciado em agosto, e que tem carga horária de 40 horas.

“O movimento das mãos combinado com a expressão facial pode representar bem mais que uma bronca ou um pedido. Os sinais se tornaram o canal de comunicação usado pela comunidade surda de todo o mundo para a socialização de quem sofre com a perda auditiva profunda” argumenta a coordenadora do CREIA, Lucinéia Barros, acrescentando a necessidade da população em geral conhecer e praticar a linguagem, como forma de promover a inclusão dos surdos.

INCLUSÃO

Tendo em vista os surdos que utilizam a Libras e os ouvintes que desejam se comunicar com os mesmos, o CREIA oferece cursos de linguagem de sinais a fim de que a inclusão ocorra de fato, tanto na escola, em ambientes institucionais, como em locais de trabalho e na comunidade onde os surdos estão inseridos. No Centro, são atendidos 22 alunos com deficiência auditiva tanto de escolas estaduais quanto municipais, além do atendimento a deficientes visuais.

O CREIA oferece aulas de LIBRAS, acompanhamento pedagógico, atendimento de fonoaudiólogo e psicológico. Participaram do Curso Básico de Libras professores da rede municipal e estadual, funcionários das áreas afins da Prefeitura de Timóteo e pessoas da comunidade. Os facilitadores do curso foram Adriana dos Santos Sá Pedroni, pós-graduada em Psicopedagogia e habilitadada pelo Centro de Apoio dos Surdos de Cachoeiro do Itapamirim – ES, e Kelly Cristina Vasconcelos Martins, assistente educacional surda – cursando pedagogia.

ESCOLAS
Em Timóteo, as escolas municipais possuem intérpretes para o atendimento a alunos surdos. Atualmente estão matriculados na rede municipal 18 alunos surdos e quatro alunos com dificuldade em fala oral, desde a educação infantil até a EJA, sendo disponibilizados oito intérpretes.

HISTÓRIA
Há onze anos reconhecida como meio legal de comunicação e expressão (Lei 10.436 de 24 de abril de 2002), a língua combina expressão facial, movimentos de mãos e de pontos de articulação (locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos). Ela já é disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores e no curso de fonoaudiologia. Mais recentemente, em setembro de 2010, em reconhecimento à sua importância, foi sancionada a lei federal regulamentando a profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais.

A Língua Brasileira de Sinais é a língua de sinais (língua gestual) usada pela maioria dos surdos brasileiros. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone (natural do país/ lugar em que se habita) quanto da língua gestual francesa – primeiro país a fomentar o uso da linguagem de sinais -, por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais bastante diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).

Complexa, porém, flexível, a língua de sinais, assim como a Língua Portuguesa, possui estrutura gramatical própria. Novos sinais são criados à medida que a comunidade surda recebe influência do ambiente cultural, histórico e até mesmo geográfico. Além disso, as línguas de sinais não são universais, tendo em cada país uma estrutura própria. “No Brasil, existem sinais diferentes para um mesmo significado, na mesma língua, em diferentes regiões”, explica Lucinéia Barros.

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