Cidades

Comissão confirma irregularidades na gestão de hospital de Belo Oriente

Vereadores Bil e Tião Farias participaram da CEI que analisou cerca de 850 documentos oficiais

BELO ORIENTE – A Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Belo Oriente, criada para apurar denúncias de irregularidades na gestão do Hospital Municipal Jaques Gonçalves, apresentou na última sexta-feira (25) o relatório final dos trabalhos. Segundo o documento, houve má fé dos gestores da Fundação de Assistência Social e Saúde de Belo Oriente (FASBO) e da Administração Municipal 2009/2012. A unidade, localizada no distrito de Cachoeira Escura, encontra-se fechada desde 2012.

Segundo os levantamentos da comissão, composta pelos vereadores Sebastião Lopes de Faria (PCdoB – presidente), Hamilton Rômulo Carvalho (DEM – vice-presidente) e Robson Fernandes Amâncio (PPS – relator), ficou comprovado o “prejuízo financeiro pelo abandono e degradação no prédio, nos bens móveis, equipamentos médicos e perda de vários medicamentos, gerando danos e prejuízos aos cofres públicos”.

Para emitir o relatório final, os integrantes da CEI analisaram minuciosamente cerca de 850 documentos, que mostram as mais variadas irregularidades administrativas cometidas pelos gestores, secretários e pelo Chefe do Executivo. Foi destacado, como exemplo, “o pagamento indevido de, pelo menos, R$ 2 milhões em repasses para a FASBO que não poderiam ser feitos, uma vez que o contrato teria sido renovado de maneira irregular”.

A comissão constatou ainda que diversos membros da diretoria da associação – “muitos deles parentes” – ocupavam ao mesmo tempo cargos comissionados na prefeitura e no conselho curador da entidade, o que é proibido por lei. “A Administração contratou uma entidade, formada por seus próprios servidores, para administrar o hospital, que se encarregavam de fiscalizarem a si mesmos”, diz o relatório final.

Servidores terão 6,2% de recomposição salarial
BELO ORIENTE
– A Prefeitura Municipal concedeu neste mês de outubro uma recomposição salarial aos servidores efetivos, inativos, pensionistas e ocupantes de cargos em comissão. O percentual, aprovado em projeto de lei enviado à Câmara de Vereadores, é de 6,20% e será pago em três etapas: 3,03% em outubro, 1,60% em novembro e 1,60% em dezembro.

O percentual foi destacado pelo prefeito Pietro Chaves (PDT), como o permitido neste momento, devido, principalmente, à “difícil situação financeira” encontrada pelo seu governo.
Segundo ele, a administração anterior (2009-2012) deixou dívidas superiores a R$ 34 milhões, exigindo de imediato o pagamento de mais de R$ 7 milhões. “Este percentual só foi possível graças às medidas de contenção de gastos e austeridade implantadas desde que assumimos a prefeitura”, salientou


Pietro destacou as medidas de austeridade que possibilitaram a
recomposição salarial dos servidores

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