Internacionais

Chanceler faz giro pela Europa direitista

DA REDAÇÃO – Em sua viagem por países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o chanceler Ernesto Araújo chega nesta quinta-feira (9) a Budapeste, na Hungria, onde terá reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Exterior da Hungria, Péter Szijjártó, e com o presidente do Parlamento, László Kövér. Araújo inicia as viagens cerca de duas semanas após o filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, fazer um giro pela Europa como “batedor” do chanceler de fato, onde manteve contato com líderes de extrema direita da Hungria, Polônia e Itália

MOVIMENTO

Antes de iniciar a “viagem ideológica” pela Europa para estabelecer contatos com os líderes de extrema direita, Eduardo Bolsonaro, que é próximo do polemista Steve Banon, ex-estrategista da campanha do presidente americano, Donald Trump, informou que manteria contato com líderes da extrema-direita para organizar o chamado Movimento. Ele se encontraria com o premiê húngaro Viiktor Orban e Matteo Salvini, na Itália, entre outros.

O chamado Movimento é uma organização baseada em princípios nacionalistas e tem o objetivo de formar um bloco ultraconservador, que defende um sistema fechado de imigração na Hungria. O Fidesz, partido comando pelo premiê húngaro foi suspenso do Parlamento Europeu em função de suas políticas contra a liberdade de expressão e seus frequentes ataques contra líderes do bloco europeu.

NEGÓCIOS

Já o chanceler Ernesto Araújo proferirá palestra no Instituto de Negócios Estrangeiros e Comércio Exterior (IFAT). O objetivo é discutir formas para incrementar as relações bilaterais, em especial, nos campos de economia e comércio, cooperação política, defesa, ciência e tecnologia e inovação.

O chanceler falará a respeito de vantagens sobre os equipamentos da indústria de defesa brasileira, especialmente sobre os aviões KC 390, produzidos pela Embraer. Eles transportam tropas e de cargas.

Antes da Hungria, seguindo os passos de Eduardo Bolsonaro, o chanceler brasileiro esteve na Itália, onde manteve encontros com o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini e com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, o segundo na hierarquia do Estado, abaixo apenas do Papa Francisco. Em Budapest (Hungria) e em Varsóvia (Polônia), também estão previstos “encontros governamentais”.

INDÚSTRIA DE DEFESA

No que se refere à indústria de defesa, a visita do ministro Ernesto Araújo faz parte dos esforços da indústria nacional de equipamentos militares e aviões para vender produtos desenvolvidos com potencial para atender à crescente demanda europeia.

Os membros da OTAN têm um compromisso de adquirir no mínimo 2% do Produto Interno Bruto (PIB), oriundos dos orçamentos de seus respectivos países, até o ano de 2024, em equipamentos de defesa e aviões de transporte ou de combate.

A viagem do chanceler brasileiro terminará na sexta-feira (10), na Polônia, com um encontro que terá com membros do gabinete do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki. (Com Agência Brasil).

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