A ação movida contra Rosângela Mendes foi julgada improcedente pelo juiz da 97ª zona eleitoral de Coronel Fabriciano
FABRICIANO – A Justiça de Coronel Fabriciano não acatou o pedido do candidato derrotado às eleições municipais de 2012, Celinho do Sinttrocel (PCdoB), para cassar o diploma eleitoral da prefeita Rosângela Mendes (PT) e de seu vice Bruno Torres (PSL). A Coligação também pediu a declaração de inelegibilidade dos dois.
Celinho protocolou ação de investigação judicial eleitoral alegando que os candidatos vitoriosos se utilizaram “do chefe do poder executivo”, à época o prefeito Chico Simões, do mesmo partido de Rosângela Mendes, e também dos meios de comunicação social em desconformidade com a legislação pertinente.
No entanto, acompanhando parecer do Ministério Público, o juiz eleitoral Eduardo Tavares, da 97ª zona eleitoral de Coronel Fabriciano, rechaçou a acusação de abuso de poder econômico e político. A sentença foi proferida na última quinta-feira, 14 de março.
“Em momento algum conseguiram provar a postura de abuso, seja econômico ou político”, diz trecho da decisão judicial, reproduzindo parte do parecer da Promotoria.
O juiz afirma que a conduta a justificar a cassação do diploma dos eleitos democraticamente pelo povo há de ser extrema gravidade, a ponto de influenciar o pleito: “as irregularidades supostamente praticadas pelos representados não foram suficientemente comprovadas e muito menos para desigualar a disputa eleitoral”, decidiu.
Para a prefeita Rosângela Mendes, a decisão reforça o resultado das urnas. “Desde o início tenho a consciência tranquila. A sociedade acompanhou que fizemos uma campanha limpa e correta. O povo reconheceu isso e elegeu um projeto que vem mudando a história de Fabriciano”, afirmou.
ELEIÇÕES
A sentença divulgada na semana passada é referente à primeira Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), protocolada em 3 de outubro pela coligação “‘Fabriciano Quer Mais”.
As alegações são de que a campanha petista usou propagandas negativas, inverídicas e caluniosas para provocar o desequilíbrio nas eleições de 2012. Os advogados do deputado estadual ainda disseram que foram usados os meios de comunicação social para atingir a sua imagem durante o pleito.
A defesa do candidato argumentou ainda que a coligação adversária não respeitou as decisões judiciais que determinavam a suspensão de propaganda irregular, mesmo com liminares favoráveis a coligação ‘Fabriciano quer Mais’.
Lemos volta a rechaçar ação para desestabilizar governo
Fabriciano – O ex-companheiro de coligação de Celinho do Sinttrocel, Francisco Pereira Lemos, volta a dizer que não concorda com ações que podem trazer a instabilidade para Coronel Fabriciano.
“Não acho justo ficar torcendo para que as coisas deem errado, ou mesmo criticando e inviabilizando quem comanda o município. O governo da Rosângela caminha bem e devemos juntar os conhecimentos em prol da cidade”, comentou.
Lemos lembrou que ocupar cargo político é uma prestação de serviço. Atualmente o ex-vereador é ouvidor municipal na Câmara de Coronel Fabriciano, o que na sua visão é uma forma de ajudar e ser útil para a sociedade.
“Tem gente que não ganha a política e fica querendo virar o jogo. Não concordo com esse tipo de atitude. Sou daqueles que buscam o poder para ser útil para a população”, declarou o ex-delegado.
Já o deputado Celinho do Sinttrocel, por meio de sua assessoria, afirmou que se pronunciaria posteriormente sobre o caso.