Cidades

Cecília pede agenda com Dilma para debater crise na Usiminas

IPATINGA – A prefeita Cecília Ferramenta encaminhou correspondência à Presidência da República propondo uma agenda com a presidenta Dilma Rousseff para debater a situação da Usiminas. “A siderurgia nacional e, em especial, a Usiminas, enfrentam uma série de problemas de mercado, cujas consequências são extremamente danosas para os trabalhos dessas empresas e para os municípios que as abrigam”, argumenta a prefeita.

Cecília Ferramenta reforça, também, que o município vem sofrendo as consequências da crise na siderurgia. “Nos últimos anos, Ipatinga assiste, aterrorizada, à crise enfrentada por sua principal empresa, maior produtora de aços planos da América Latina e que abriga no seu entorno um dos principais mercados do setor metal-mecânico do país, que inclusive foi indicado como Arranjo Produtivo Local para a indústria de petróleo, gás e naval, sendo o único do país que não está localizado no litoral”, destaca.

INSTABILIDADE
A possibilidade de uma recuperação judicial ou até mesmo a paralisação das atividades da siderúrgica ipatinguense “já tiram o sono de nossa comunidade que, em 2015, viu um dos três altos fornos da empresa ser desligado e convive a todo instante com um clima de instabilidade, que só faz ampliar o cenário de fragilidade econômica pelo qual passamos”, acrescenta Cecília Ferramenta.

Na correspondência enviada à presidenta, a prefeita de Ipatinga avalia que os reflexos de uma recuperação judicial ou de uma paralisação das atividades da empresa “seriam catastróficos para a cidade”. “Somente no ano passado, nossas receitas próprias sofreram sérios revezes, registrando uma queda de 11% na arrecadação de ICMS (que representa 40% de nossas receitas próprias). A empresa Usiminas contribui ainda com 51,7% (R$ 27 milhões) do total arrecadado com o IPTU, que representa 12% da receita própria do município de Ipatinga”, pondera.

ESFORÇOS
A prefeita lembra, ainda, que o governador Fernando Pimentel e seu secretariado têm feito esforços na construção de alternativas que permitam à Usiminas superar esse momento adverso, inclusive intermediando negociações entre os dois grupos de acionistas majoritários da empresa. Em seu pedido de agenda na Presidência da República, Cecília Ferramenta solicita “a urgência que o assunto merece” na marcação da reunião, que deverá contar com as presenças, também, do presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, e do deputado federal Gabriel Guimarães.

Brasil perde 533 mil postos de trabalho em um ano

BRASÍLIA – O Brasil perdeu 533 mil postos de trabalho entre novembro de 2015 e novembro de 2014. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada passou de 92,706 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro de 2014 para 92,173 milhões de pessoas no mesmo período do ano seguinte.

No mesmo período, a população desocupada cresceu em 2,68 milhões de pessoas, chegando a 9,13 milhões. Além da perda de postos de trabalho, houve um crescimento no número de pessoas que antes não trabalhavam e passaram a procurar emprego. A força de trabalho brasileira (soma de pessoas ocupadas e desocupadas) cresceu de 99,2 milhões para 101,3 milhões em um ano.

BAIXAS
A maior perda absoluta de postos de trabalho ocorreu na indústria. Em novembro de 2015, havia 12,6 milhões de pessoas empregadas no setor, 821 mil a menos do que em novembro do ano anterior, ou seja, uma queda de 6,1%.
Já a maior queda percentual da população ocupada foi observada no segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-6,3%). O setor teve um recuo de 668 mil postos de trabalho, passando a empregar 9,9 milhões de pessoas.

Também tiveram perdas de postos de trabalho os segmentos da agricultura e pecuária (menos 179 mil pessoas) e outros serviços (menos 140 mil).

Ao mesmo tempo, seis setores tiveram aumento da população ocupada e, em parte, compensaram as perdas naqueles quatro segmentos. Os maiores aumentos foram observados na administração pública, educação, saúde humana e serviços sociais e serviços domésticos (mais 315 mil).

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