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Casos de febre amarela provocam corrida aos postos de saúde em busca de vacina

TIMÓTEO – As notícias dos últimos dias de surto de febre amarela em algumas cidades de Minas Gerais, incluindo Caratinga, com vários casos suspeitos da doença sendo atendidos nos Hospitais, provocaram uma corrida da população às unidades de saúde em busca da vacina no Vale do Aço. Segundo balanço da Secretaria de Saúde de Timóteo, somente na terça e quarta-feira foram distribuídas mais de 400 doses em oito das unidades de saúde do município.
A vacina contra a febre amarela é disponibilizada nas unidades de saúde para a população mais exposta, que tem prioridade no programa de imunização do Ministério da Saúde como as crianças entre 09 meses e 4 anos e aquelas pessoas que, comprovadamente, vão viajar para locais com epidemia e riscos a infecção pela doença.
Timóteo não tem registrado nenhum caso suspeito da doença. O prefeito Geraldo Hilário informou que a Secretaria Municipal de Saúde está atenta em relação ao problema e disse que não há motivo para alarde pela população porque não há surto de Febre Amarela em Timóteo e no Vale do Aço. “Estou mais preocupado com o tumulto provocado com a corrida das pessoas às unidades de saúde do que propriamente com a Febre Amarela”, comentou o prefeito.

IPATINGA
Em Ipatinga, também houve corrida às unidades de saúde, em busca de vacinas. Em alguns postos, como o do Bom Retiro, a vacinação não está ocorrendo. “Estivemos na unidade de saúde do Bom Retiro. Como não estava vacinando, nos dirigimos ao Bom Jardim, mas chegando lá já haviam sido distribuídas as cem senhas do dia”, reclamou uma usuária.
Segundo a Prefeitura de Ipatinga, a Secretaria Municipal de Saúde de Ipatinga mantém, há algum tempo, um esquema de vacinação para atender ao público alvo da vacina (crianças a partir dos nove meses de idade, crianças que receberão o reforço e pessoas que irão viajar para localidades com incidência da doença), durante todos os dias da semana. É importante destacar que o atendimento é voltado somente ao público-alvo da vacinação.
O surto atual acontece nas áreas rurais e florestais da microrregião de Caratinga,Teófilo-Otoni e Manhumirim. Sendo transmitido pelo mosquito Haemagogus, ciclo Silvestre. Vale ressaltar que a febre amarela urbana não acontece em Minas Gerais desde 1942. Ainda segundo a Secretaria de Saúde, é seguido o calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, Portaria 1533 de 18 de agosto de 2016, onde ficam definidos:
– Primeira dose: administrar aos nove meses de idade.
– Reforço: administrar um reforço aos quatro anos de idade.
– As crianças que nunca foram vacinadas receberão a primeira dose e após 30 dias o reforço.
– Pessoas que receberam as duas doses estão imunizadas permanentemente.

VACINA
Nesta quinta-feira (12/01), o prefeito Geraldo Hilário vai a Belo Horizonte participar de reuniões, inclusive na Secretaria de Estado da Saúde, em busca do repasse de um volume maior de lotes com doses de vacina. Segundo o secretário de Saúde, Cézar Luz, o quadro de cobertura vacinal da população do município relativo ao último ano não é bom e o objetivo é garantir o estoque para melhorar os números. “Nossa cobertura atual que deveria ser de 100% está em 65%, a pior dos últimos 5 anos. Em crianças de 9 meses e 4 anos a cobertura está ainda mais baixa, de 56%, um índice pior ainda”, destacou César Luz citando dados da Superintendência Regional de Saúde.

A DOENÇA
A Febre Amarela é uma doença transmitida por mosquitos em áreas urbanas e silvestres. Nas áreas florestais, o transmissor é o Haemagogus ou o Sabethes. Já no meio urbano, nas cidades, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, mas somente se ele estiver infectado. Cesar Luz lembra da importância de manter os cuidados em relação à eliminação de focos do mosquito Aedes. Para identificar os locais de maior infestação e realizar um combate mais eficaz aos focos, a secretaria de Saúde realiza esta semana o LIRAa – Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti.

CASOS
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou que sob investigação 23 casos suspeitos de febre hemorrágica aguda. Na região, seis pessoas morreram com suspeita de febre hemorrágica. Os casos são provenientes, principalmente, da área rural de Caratinga.

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