Policia

Casal transportava 19 quilos de maconha dentro de ônibus

O casal admitiu a responsabilidade pelo transporte da droga, que pode ter vindo do Paraguai para ser distribuída em Caratinga    (Crédito: Gizelle Ferreira)

 

IPATINGA – A Polícia Militar de Ipatinga apreendeu 19 quilos de maconha e quatro quilos de haxixe na madrugada de ontem (20). Duas pessoas foram presas acusadas de transportarem as drogas. Neusa Maria Nonato, de 31 anos, viajava com um homem identificado como Clebes dos Santos, de 54 anos, no ônibus da Viação Presidente, vindo de Belo Horizonte com destino à Caratinga.
O casal foi preso no Terminal Rodoviário de Ipatinga suspeito de participação no tráfico de drogas. O entorpecente estava dividido em duas bagagens, mas somente uma mala, contendo 19 tabletes de maconha, foi identificada em Ipatinga. Cada tablete tinha aproximadamente um quilo.
De acordo com o sargento Pereira, que comandou a operação, a polícia recebeu informações de que os dois passageiros estariam dentro do ônibus transportando as drogas. Com base nisso, foi articulada uma operação começando por João Monlevade, de onde o veículo passou a ser seguido por viaturas da Polícia Militar. O homem e a mulher estavam sentados um ao lado do outro quando foram surpreendidos pelos policiais.
O sargento disse que assim que a PM entrou no ônibus a mulher demonstrou nervosismo. “Ao ser verificado o bagageiro encontramos uma bolsa com 19 tabletes de maconha prensados envoltos em plástico, pesando aproximadamente 19 quilos”, disse.
Junto ao corpo do homem, foram encontrados amarrados em suas pernas quatro pacotes de haxixe, quase não levantando suspeita. Segundo a PM de Ipatinga, tudo indica que as drogas iriam ser revendidas em Caratinga. “Só que eles não falam para quem seria entregue a droga. Apenas falaram que ganhariam R$ 800 para transportar os entorpecentes”, disse o sargento Pereira.

ESTRATÉGIAS
No meio do haxixe foi encontrado pó de café. Segundo a PM, essa tática é usada para despistar o cheiro do haxixe, dificultando também o trabalho de cães farejadores. Segundo o policial, tudo indica que o casal já tem o costume de realizar esse tipo de transporte. “Primeiro eles mantiveram a calma, e só ficaram inquietos quando fomos ao alvo. Mas, durante o tempo todo demonstraram tranquilidade. Eles estavam sentados juntos, o que demonstra outra estratégia deles”, menciona. Com os dois acusados foi encontrado um bilhete de passagem da cidade de Maringá, o que leva a polícia a crer que as drogas tenham vindo de lá.

SEGUNDA MALA
Durante as buscas, para surpresa dos policiais militares uma segunda mala contendo mais entorpecentes foi descoberta somente em Caratinga. A segunda mala só foi descoberta no ponto final do trajeto do ônibus. Quando todos os passageiros desembarcaram, sobrou uma bagagem e nela continha outros 20 tabletes de maconha, pesando um quilo cada um.
A PM de Caratinga acredita que a droga tenha vindo do Paraguai e seria distribuída em Caratinga, Ipatinga e Governador Valadares. A mulher que foi presa nesta operação é de Caratinga, e já tem passagem na polícia por outros delitos.
O material apreendido poderia render a um traficante até R$ 50 mil, já que cada quilo da maconha seria revendida em torno de R$ 1 mil a R$ 1,2 mil. Enquanto o haxixe possui valores em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.
A Polícia Militar acredita que alguém iria buscar os entorpecentes na rodoviária de Caratinga, mas com a movimentação dos militares, ninguém apareceu. A Polícia Civil vai investigar agora o caso e tentar identificar uma possível quadrilha que usa esta rota para distribuir droga na região de Caratinga.

CONFISSÃO
Clebes dos Santos, 54 anos, disse que comprou o entorpecente no Paraguai para ser revendido na região. O valor pago pela droga segundo o acusado foi de R$ 1 mil o quilo. “O haxixe é meu. E eu mesmo ia vender no varejo. Eu paguei R$ 1 mil e iria apurar cerca de R$ 6 mil. Eu não imaginava que a polícia ia me pegar”, disse.
Neuza Maria Nonato, acabou confessando que a droga seria revendida em Caratinga. Mas, disse desconhecer a origem do haxixe. “Eu recebi R$ 800 para transportar a maconha. Ela é minha, mas o haxixe não tem nada a ver comigo. Não vou assumir uma coisa que não é minha”, alegou.

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