Cidades

CARTA

Diz um ditado que “A BURRICE NÃO TEM FRONTEIRAS IDEOLÓGICAS” e no caso da proibição do uso das “SACOLAS PLÁSTICAS” no comércio de Ipatinga isto é uma verdade incontestável. A burrice está estampada em pessoas que se acham os donos da verdade, mas que tropeçam nela constantemente, e aqui não tenho nenhum temor em ecabeçar a lista com os nossos EDIS.

Até o mês passado eu ia fazer compras a pé e trazia em SACOLAS cujos valores estavam embutidos na composição de preços do supermercado. Agora vou de CARRO para trazer no PORTA-MALAS. É gasolina que se gasta, mais um carro no trânsito caótico, é menos uma vaga para estacionar, é lentidão e filas nos caixas em razão da demora em ajeitar as compras. QUANTA BURRICE!

Confesso que eu estou sufocado com tanta hipocrisia. Quando criança lembro-me das sacolas de supermercado que eram de PAPEL que se decompunham em pouco tempo. Elas foram substituídas por “SACOLAS PLÁSTICAS”, que segundo dizem, demoram cerca de cem anos para se decompor. À época a justificativa era o baixo custo delas. Pelo que se sabe, a decisão de se utilizar SACOLAS PLÁSTICAS foi tomada pelas redes de supermercados. Pelo que consegui levantar, não fizeram nenhuma LEI MUNICIPAL proibindo as sacolas de papel. Agora que as tais sacolas fazem parte da vida dos consumidores vem os “E D I S” com inteligência limitada e por não terem coisa mais séria para votarem, criam esta lei absurda e inconsequente, pior, burra.

É fácil perceber que foi montado um cenário para que o povão possa crer, sem questionar, que está ajudando o planeta levando de casa a sua sacola ou comprando a mesma por PRECINHO MÓDICO nos caixas dos estabelecimentos. A econômica decisão tomada pelas redes de supermercados no passado agora fica nas costas, no bolso e na responsabilidade do consumidor. R$ 0,20 e você pode COMPRAR a sua, ou seja, além de não terem mais o gasto da antiga sacolinha, os supermercados ainda vão LUCRAR com as vendas da nova versão. É a lei burra dos nossos “VEREADORES” a serviço da população.

Será que os “EDIS” sabem também que as fraldas descartáveis demoram centenas de anos para se decompor? Que tal votarem leis obrigando os fabricantes de fraldas a fazerem a sua parte? O nosso poeta Ruy Barbosa já dizia: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência”.

A sacola plástica, aquela famosa do supermercado, no Brasil, foi elevada ao topo da lista dos vilões ambientais por pessoas que afirmam estarem envolvidas com a preservação ambiental. Esta posição é um exagero ou uma verdade? Particularmente penso ser um “EXAGERO” e vou explicar a minha posição.
Basta dar uma volta por qualquer comércio, seja em que lugar for, e vamos encontrar materiais poluentes de diferentes formas, entre os muitos lá está o plástico sendo usado de maneiras variadas para embalar os produtos de nossas prateleiras. Praticamente todos os produtos de consumo doméstico estão embalados usando plástico. Em outros setores não é diferente.

Banir as sacolas plásticas vai resolver o problema da poluição pelo plástico? Obviamente que não!!! De maneira alguma!!! Sei que não existe uma formula mágica para resolver o problema, mas também não se pode tomar medidas como as que estão sendo tomadas apenas para ficar bem com os organismos internacionais. Não podemos acreditar que a proibição da distribuição de sacolas plásticas nos supermercados visa realmente resolver o problema que vivemos com relação ao nosso MEIO AMBIENTE, a questão é muito mais grave do que se possa imaginar. É necessário ir ao âmago da questão, a educação e o cumprimento das leis.

O problema é menos ambiental, é econômico, pois as sacolas lideram um dos patamares econômico de maior gasto para a rede de supermercados. E é bom lembrar que a “SACOLA PLÁSTICA” não é a maior vilã para com a reciclagem.
Robert Musil afirmou: “Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem”. Antes das sacolas, precisamos ir às outras embalagens que utilizam o plástico como matéria prima e que estão espalhadas pelos quatro cantos das cidades. Tem para todos os gostos e para todos os ambientalistas, de copo descartável a carcaças de eletrodomésticos em ruas de bairros pobres e também nos ricos. As margens dos rios estão repletas de embalagens de toda sorte, as sacolas não estão lá sozinha. Quantas televisões estão descartadas pelas esquinas? Quantos sofás? Quantos computadores? São produtos que na sua estrutura equivalem a centenas de sacolas plásticas, já pensou nisto?

Só uma sugestão, o plástico, longe de um problema, poderia ser uma solução para a produção de energia, pois com a sua queima em equipamentos apropriados poderia render alguns milhões de megawats… Economizando a escassa energia elétrica!!!

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