Policia

Capitão da PM acusado de duplo homicídio é solto

Capitão permaneceu preso por quase quatro meses em batalhão da PM de Belo Horizonte     (Crédito: Arquivo DP)

IPATINGA
– A Justiça determinou ontem (6) a soltura de mais um policial militar preso pela Polícia Civil de Belo Horizonte durante as investigações das mortes do jornalista Rodrigo Neto e do repórter fotográfico Walgney Carvalho, ocorridas, respectivamente, em março e abril deste ano. O capitão Charles Clemencius Diniz Teixeira teve habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e irá responder em liberdade pelas acusações de duplo homicídio.

O militar foi preso em 19 de julho deste ano após ser indiciado pela Polícia Civil como o mentor de um duplo homicídio ocorrido em 2007, no bairro Veneza, em Ipatinga, que vitimou o mecânico Diunismar Vital Ferreira, o “Juninho”, de 41 anos, e o instalador de máquinas José Maria, de 58 anos.

O militar era lotado no Centro de Tecnologia e Telecomunicações, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, e permaneceu por quase quatro meses preso no Batalhão da PM da capital mineira.

O pedido de liberdade para o PM foi concedido pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, formada pelos desembargadores Márcia Milanez, como relatora, Rubens Gabriel Soares e Furtado de Mendonça, como vogais. Dos três, apenas Rubens Gabriel foi contrário ao benefício. O advogado Odilon Pereira de Souza é o responsável pela defesa de Charles Clemencius.

O CASO
O crime foi registrado no dia 8 de julho de 2007, na avenida Macapá, no bairro Veneza. O mecânico Diunismar Vital Ferreira, de 41 anos, e o instalador de máquinas José Maria, de 58 anos, foram mortos por homens em uma motocicleta enquanto estavam sentados na mesa de uma padaria.

A morte de Diunismar, segundo a PC, estaria ligada ao envolvimento amoroso do capitão Charles com a ex-mulher da vítima, Cyntia Ramos Farini, que também responde ao processo como mandante junto com o oficial.
José Maria, contudo, foi morto sem motivo aparente, uma vez que não conhecia Diunismar. Conforme as apurações da época, uma bala perdida teria atingido o instalador de máquinas.

As investigações do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de Belo Horizonte apontaram que a vítima Diunismar não possuía outros inimigos na região, sendo a única motivação para sua morte o triângulo amoroso entre ele, Cyntia e o capitão Charles.

SARGENTO MICHEL
Há uma semana, o sargento da PM Michel Luiz da Silva também foi posto em liberdade após recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O militar também havia sido preso pela Polícia Civil de Belo Horizonte, que o apontou como o autor da morte de um morador de rua em 2009.

O corpo de Célio Nunes Pereira foi encontrado na zona rural de Santana do Paraíso em avançado estado de decomposição e o laudo de necropsia revelou que a vítima foi atingida por dois disparos de arma de fogo na região da cabeça.

Na quarta-feira da semana passada, o STJ concedeu liberdade ao policial após instâncias menores terem negado o mesmo benefício ao militar.

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