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Campeonato estadual começa no domingo com quatro jogos

BH – O Campeonato Mineiro de 2014 tem sua rodada inicial neste domingo com quatro jogos. A primeira edição do Estadual de Minas Gerais foi em 1915 e agora é a vez de contemplar a centésima. Uma curiosidade é que há mais campeões do que campeonatos disputados (102 títulos distribuídos), pois alguns clubes dividiram a taça ao longo da história.

Embora os regionais não tenham o mesmo apelo que a Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, a tradição e as rivalidades apimentam os confrontos. Para tirar a hegemonia de Atlético e Cruzeiro, os clubes do interior vêm com um período de treinamento físico intenso e novidades no elenco. Já o América, que não vence desde 2001, aposta na manutenção do técnico Silas e na força ofensiva de Obina.

ATLÉTICO
Bicampeão consecutivo, o Atlético defenderá o terceiro título. A grande estrela do time é Ronaldinho Gaúcho, que disputará seu segundo estadual. Eleito craque das Américas em 2013, o meia gaúcho mobiliza multidões na capital e no interior. Com a saída de Cuca, ganhador dos últimos três Mineiros (um deles pelo Cruzeiro), o técnico Paulo Autuori será o responsável por dar continuidade ao trabalho.

CRUZEIRO

Assim como o arquirrival, o Cruzeiro dividirá atenções entre a Copa Libertadores 2014 e o Mineiro. Porém, a vontade de acabar com a hegemonia estadual do Galo é um fator de motivação para os cruzeirenses. O presidente Gilvan de Pinho Tavares segurou o plantel campeão brasileiro e, com isso, o meia Everton Ribeiro – melhor jogador do Nacional do ano passado -, desfilará seu talento no Estadual.

AMÉRICA
O América é considerado a terceira força de Minas, mas quer ir além na competição. O atacante Obina é a grande esperança de gols. Outra aposta da direção do Coelho foi a permanência do técnico Silas, que contribuiu na campanha da Série B. O centroavante baiano é conhecido pelo estilo folclórico e por ser “melhor” que Samuel Eto’o, ex-Barcelona e hoje no Chelsea.

Com o discurso de manter os pés no chão, o camisa 9 do Coelho espera ir longe na competição. “Espero fazer um bom Campeonato Mineiro, chegar na fase decisiva e disputar a final. Quero fazer gols e ser feliz”, disse Obina ao Superesportes.

INTERIOR

A divisão das cotas de transmissão não permite que os clubes do interior tenham o mesmo investimento que os da capital. Contudo, algumas equipes se prepararam e conseguiram patrocinadores para fazer bonito no Estadual. A pressão dos torcedores em estádios acanhados, o foco somente no Mineiro, e o melhor prepara físico no início do torneio são outros quesitos que pesam a favor dos times do interior.

Schettino diz que foi injustiçado
BH –
A festa de lançamento do Campeonato Mineiro de 2014 ocorreu nesta sexta-feira. Em almoço realizado na zona Sul de Belo Horizonte, o evento teve menos pompa que o dos últimos anos. A instabilidade em torno da presidência da FMF foi um dos motivos da discrição dos organizadores. O presidente Paulo Schettino ocupa o cargo via liminar judicial, e eleições para substitui-lo estão marcadas para o dia 28 de fevereiro.

“Evidente que todos estão acostumados com a festa de um bom nível, com presenças ilustres. Em virtude dos tumultos na Federação (FMF), não tivemos condição. Fizemos um almoço e convidamos os presidentes dos 12 clubes”, disse Schettino à Rádio Itatiaia.

Outro problema agravado pelo mistério em torno da cadeira de gestão da FMF está vinculado aos patrocinadores do Estadual. O próprio Schettino admite a desconfiança dos empresários, embora garante que já resolveu boa parte das pendências.

“Temos tudo para fazer um grande campeonato. Se eu falar que consegui organizar totalmente, estaremos mentindo. Acredito em um bom campeonato, com colaboração dos clubes. A instabilidade deixa os patrocinadores arredios. Com a televisão não teve problema. Os patrocinadores, inicialmente, ficaram arredios e conseguimos normalizar a situação em 80%”, completou.

Com eleição para a nova gestão da FMF marcada para o fim do mês de fevereiro, Schettino ainda crê em uma reviravolta para ficar no comando até o fim da Copa do Mundo no Brasil, pois se considera injustiçado pelo Ministério Público.

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