Policia

Cabo da PM é indiciado por assassinato e 4 tentativas

Tayrony foi morto a tiros pelo policial militar numa ação desqualificada   (Crédito: Reprodução Facebook)

IPATINGA
– A Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios concluiu e remeteu à Justiça o inquérito presidido pelo delegado Eduardo Vinicius que apurou o assassinato Tayrony Vildes Gomes Fernandes, 18 anos, e a tentativa de assassinato de outras quatro pessoas, cometidos pelo cabo da Polícia Militar WAS, conhecido como “Foguinho”. Ele foi preso em flagrante delito pelo homicídio qualificado de Tayrony e pelas tentativas de homicídio qualificado de RLS, SVS, Jhon Lenon da Silva (também atingido pelos disparos) e LS.

Segundo as informações da Delegacia de Homicídios, os elementos probatórios colhidos demonstram que o investigado esteve no local do crime no dia onze de abril, levando uma amiga que reside nas proximidades. Por não aceitar as vítimas no local e conforme relatado por elas, após ostensiva intimidação, o cabo da PM teria voltado com uma moto e efetuado os disparos que mataram Tayrone e feriram Jhon Lenon.

“Restou apurado também que o crime não guarda qualquer relação com o furto da moto encontrada em posse de Tayrony, sendo seu encontro uma coincidência quando do atendimento da ocorrência de homicídio”, explica a nota da Polícia Civil.

O CASO
O crime ocorreu durante a madrugada na rua Begônia, bairro Esperança. Segundo as primeiras informações no dia do crime, os policiais chegaram ao local e encontraram a vítima já sem vida. Jhon Lenon da Silva, de 24 anos, também estava no local e foi ferido na perna. Ele foi encaminhado a uma unidade de saúde, medicado e liberado.

Na data do crime, a PM não tinha informações sobre a autoria do delito. O caso foi repassado à Polícia Civil, que chegou a suspeitar que o autor do delito seria um cabo da PM que trabalha no GIRO.

Ainda no dia do assassinato, a delegada regional Irene Franco entrou em contato com o comandante do 14º Batalhão da PM, o tenente coronel Gregório de Lara, e repassou a informação de que um de seus policiais seria o autor do delito.
Ao telefone, o comandante explicou que o policial foi recolhido ao quartel e ouvido. A arma que era utilizada pelo policial em serviço também foi recolhida.

O cabo, que estava de folga no momento do delito, negou a autoria do crime.
Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi ouvido pelo delegado de plantão, Augusto Drumond. Segundo o comandante da PM, o delegado, por meio do depoimento do suspeito, entendeu que havia elementos que comprovavam sua participação no crime.

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