Policia

Bruno troca advogado no segundo dia de júri

A mudança de advogado acabou comprometendo a retomada da sessão na parte da manhã    (Crédito: Flávio Tavares/Hoje em Dia)


(Da Redação)
– O segundo dia de júri popular no Fórum de Contagem foi marcado por mudanças na defesa do ex-goleiro Bruno e a continuidade dos depoimentos pelas testemunhas de acusação.
Logo na manhã de ontem (20), na abertura dos trabalhos, a juíza Marixa Fabiane conversou em particular com o jogador, que pediu mudanças em sua defesa. Bruno optou por destituir o advogado Rui Pimenta por temer que a estratégia adotada por ele o prejudicasse.

Ao anunciar a decisão, o goleiro optou por nomear Tiago Lenoir, também advogado da ex-mulher Dayanne Rodrigues. Com isso, o julgamento dela acabou sendo desmembrado do júri principal. No processo, Dayanne é acusada de sequestro e cárcere privado.

Inicialmente a intenção de Bruno era mudar os dois advogados, só que a juíza não autorizou que o goleiro dispensasse Francisco Simim. Para ela, atitude inesperada do réu seria para desmembrar o julgamento.
A mudança de advogado acabou comprometendo a retomada da sessão na parte da manhã. A primeira testemunha ouvida ontem foi a delegada Ana Maria dos Santos. Ela foi responsável por colher o depoimento do primo de Bruno, Jorge Rosa, que na época do crime era menor.
A policial contou que Jorge detalhou a morte da modelo Eliza Samudio. Na versão dele, a mãe do filho de Bruno foi agredida por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e asfixiada por Bola, em Vespasiano.

TESTEMUNHA-CHAVE
Após o intervalo do almoço, foi a vez do presidiário Jaílson Alves de Oliveira prestar seu depoimento. O detento cumpriu pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na mesma cela que Bola.
Ele sustentou em juízo que ouviu por diversas vezes o ex-policial admitir ter executado Eliza, por isso passou a ser considerado peça chave para a acusação. Em suas declarações, Jaílson revelou que Bola jogou os restos mortais da mãe do filho do goleiro em um rio depois de carbonizar o corpo dela em um microondas.

Além de dar detalhes do que teria escutado na prisão quando dividiu cela com Bola, o detento informou a existência de um plano para executar a juíza Marixa, dois ex-advogados de Bruno e o delegado Edson Moreira, responsável pelo inquérito da morte de Eliza.
Depois que denunciou o suposto esquema de execução, Jaílson disse que foi ameaçado de morte pelo próprio goleiro Bruno e por pessoas que estariam ligadas ao ex-policial Bola.

“Estava na enfermaria quando o Bruno passou por lá para receber atendimento psiquiátrico, e aproveitou a oportunidade para dizer que eu estava com os dias contados”, afirmou o presidiário.
Presente ao depoimento de Jaílson, Bruno acabou respondendo às declarações dadas pelo detento e declarou em voz alta que não conhecia o depoente.

Ao final do depoimento do detento, a juíza Marixa Rodrigues decretou o encerramento dos trabalhos. Logo em seguida, o promotor Henry de Castro pediu a palavra e fez uma revelação polêmica. Cinco ou seis testemunhas de defesa foram pegas com celulares em hotéis, o que representa a quebra de incomunicabilidade. Segundo o promotor, um boletim de ocorrência foi lavrado e deve ser juntado ao processo. Caso fique comprovado o uso dos celulares, as testemunhas podem ser dispensadas.

MULTA
A juíza Marixa Fabiane, responsável pelo julgamento dos réus no caso Eliza, arbitrou ontem multa no valor de R$18.660 para cada um dos três advogado do ex- policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Ércio Quaresma, Zanone de Oliveira Júnior e Fernando Magalhães abandonaram a defesa de Bola, que é tido pela acusação como o executor de Eliza. No primeiro dia de julgamento os criminalistas anunciaram a desistência, alegando que os 20 minutos dados pela juíza para as alegações iniciais eram insuficientes. (Com agências)


Após destituir Rui Pimenta, goleiro nomeou como seu defensor o advogado de sua ex-mulher, Tiago Lenoir

 

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