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Brasil e Argentina planejam se aproximar da Aliança do Pacífico

BRASÍLIA – Brasil e Argentina pretendem criar condições para reforçar e expandir as relações comerciais com União Europeia, Japão, China, México e Estados Unidos. No encontro entre os presidentes dos dois países, Michel Temer e Maurício Macri destacaram também o interesse em avançar nas negociações com a Aliança do Pacífico. Segundo o presidente argentino, a ideia é aproveitar uma reunião de chanceleres prevista para março, ainda sem local definido, para aproximar o Mercosul da Aliança do Pacífico, uma iniciativa de integração regional idealizada por Chile, Colômbia, México e Peru.
“Temos de levar adiante negociações como as com a União Europeia, Japão, China, México, Estados Unidos e com a [Aliança] do Pacífico. Haverá uma reunião de chanceleres em março para discutir [as relações do] Mercosul com os países da Aliança do Pacifico”, disse Macri após assinar uma série de memorandos entre os dois países. O assunto foi abordado também durante a cerimônia de assinatura desses atos. Em seu discurso, Macri disse ter uma expectativa de que as parcerias resultem em um impulso histórico ao Mercosul e em um melhor posicionamento de Brasil e Argentina, não apenas no âmbito latino-americano.

INFLEXÃO

Segundo o argentino, 2017 será um “ano de inflexão positiva para o desenvolvimento dessa aliança estratégica e para o fortalecimento da relação do bloco com o mundo”.
O Mercosul será presidido no primeiro semestre deste ano pela Argentina e no segundo semestre pelo Brasil. Neste período, o objetivo dos dois países é integrar mais o bloco e ampliar as relações diplomáticas com outras regiões do mundo. “É tempo de ampliar o comércio, ampliar os investimentos, ampliar oportunidades para argentinos e brasileiros, já que a esta altura, não há tabus na relação Brasil – Argentina”, declarou Temer em discurso que antecedeu o tradicional almoço entre os chefes de Estado.
O presidente brasileiro destacou que a parceria ganha importância diante do contexto de “incertezas, do cenário internacional". "No momento em que ganham forças tendências de desunião, isolamento e protecionismo, Argentina e Brasil respondem com mais aproximação, mais diálogo, mais comércio", afirmou Temer, em referência à política protecionista empreendida pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

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