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Bolsonaro tenta reverter impopularidade no Nordeste

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro faz hoje (24) sua primeira viagem ao Nordeste, região onde perdeu as eleições em primeiro e segundo turnos e também onde registra seus piores índices nas pesquisas de opinião feitas após sua posse. Em Pernambuco, ele se reúne com governadores, entrega casas do projeto Minha Casa, Minha Vida, herança dos governos do PT, e deve anunciar recursos para projetos de infraestrutura. As medidas tem o objetivo de reverter sua impopularidade na região.

Assim que assumiu a Presidência, Bolsonaro estabeleceu um grupo interministerial, comandado pela Casa Civil, para tratar de políticas prioritárias para o Nordeste. Reuniões do Fórum dos Governadores do Nordeste com representantes do governo e o Congresso Nacional também são frequentes em Brasília.

SUDENE

Em preparação à visita, na última quarta-feira (22), Bolsonaro reuniu parlamentares do Nordeste no Palácio do Planalto para ouvir os projetos prioritários de cada estado da região.

A agenda do presidente começa em Recife onde participa da reunião do conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

O colegiado fará a apresentação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste e do projeto de lei que o instituirá, a ser encaminhado ao Congresso Nacional.

Ainda na capital pernambucana, Bolsonaro se reúne com os governadores da região e de Minas Gerais e Espírito Santos, que também fazem parte da Sudene.

À tarde, o presidente vai para Petrolina, onde entrega um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida. A proposta de concessão de Título de Cidadania Honorária a Bolsonaro na Câmara Municipal de Petrolina foi rejeitado.

RESISTÊNCIA

O deputado federal e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Alexandre Padilha, disse que “após quatro meses trancado no Palácio do Planalto, fazendo apenas viagens internacionais, ajoelhando-se a Trump ou em encontros questionáveis em Dallas, Bolsonaro resolveu marcar sua primeira ida ao Nordeste. O presidente enfrentará a população e os governadores da região”.

“Dias após a posse, afirmou não esperar que nenhum governador do Nordeste pedisse nada a ele, pois ‘não era o presidente deles’. Bolsonaro trata o Nordeste com deboche e descaso. Não à toa, a região, segundo o IBGE, é a mais critica a seu governo”, lembra Padilha.

O ex-ministro afirma ainda que o povo nordestino sabe quem está ao lado dele. “E como nosso presidente Lula diz ‘o nordestino era tratado como a escória da humanidade antes dos governos do PT’. O legado de nossas gestões na região é muito mais que a inclusão social com o Bolsa Família, mas também com programas para o desenvolvimento econômico, de educação, que levou as universidades e institutos federais para as cidades, o combate à seca e a redução dos índices de mortalidade infantil, com o ajuda dos profissionais do Mais Médicos”.

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