Cidades

Atendimento na Policlínica será ampliado

A média de atendimentos na unidade de Ipatinga tem sido de 300 pacientes por dia      (Fotos: Nadieli Sathler)

IPATINGA – Em função do grande fluxo de pacientes com suspeita de dengue que tem buscado atendimento na Unidade de Hidratação de Ipatinga, o número de profissionais disponíveis entre 7h e 23h será ampliado a partir desta quinta-feira (31).

Os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que vão reforçar a equipe médica passaram na tarde de ontem (30) por uma capacitação feita pela Superintendência Regional de Saúde em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Aço (Consaúde).

Ao todo, 29 novos profissionais foram designados para trabalhar na Policlínica Municipal, no bairro Cidade Nobre, local específico para atender ao fluxo de pacientes com os sintomas da doença do município e das cidades do entorno.
Eloiza Dalla Vecchia, secretária executiva do consórcio, falou que a decisão de ampliar a equipe foi tomada a partir da avaliação do tempo de espera do usuário por atendimento. A medida pretende garantir o acolhimento do munícipe em tempo hábil.

“Preocupamos em garantir ao usuário que busca a solução para sua dor e um atendimento humanizado, em que não apenas o seu estado de saúde é importante, mas também o emocional. O paciente com dengue demanda ainda mais cuidado, por isso queremos garantir eficiência e atenção para aquele que chega em busca de tratamento”, reforçou.
A média de atendimentos na unidade de Ipatinga tem sido de 300 pacientes por dia. A Unidade de Hidratação funciona por 24 horas. Até o momento o município registrou a notificação de pelo menos 3 mil casos da doença contra menos de 300 no mesmo período em 2012.

A gestão assistencial das unidades de hidratação ficou sob a competência dos profissionais da Superintendência Regional de Saúde em Coronel Fabriciano e ao Consaúde coube a gestão administrativa dos profissionais contratados.

A SES investiu na região do Vale do Aço, por meio do plano de enfrentamento da dengue, um total de R$ 1,5 milhão para garantir a assistência médica e ambulatorial dos pacientes de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e região.

CAPACITAÇÃO
A médica infectologista Carmelinda Lobato de Souza foi a responsável pela capacitação técnica dos profissionais contratados. Ela explicou o papel do enfermeiro, do médico e do técnico de enfermagem no atendimento de pacientes com suspeita de dengue.

“Melhor do que ser atendido rápido é dar ao paciente o tratamento adequado. Por isso a triagem do paciente é tão importante no momento em que ele é acolhido na unidade”, explicou a especialista.
Carmelinda ressaltou que o paciente diagnosticado com dengue tem que se conscientizar da importância da hidratação. Ela destacou que água e soro são os melhores remédios para garantir ao paciente uma recuperação satisfatória.

A especialista lembrou ainda que o uso de medicamentos deve ser feito só com a avaliação médica, por isso os pacientes devem buscar atendimento na Policlínica Municipal, no bairro Cidade Nobre. No local é feito o acolhimento apenas para pacientes adultos e adolescentes acima de 12 anos.

Crianças entre zero e 12 anos devem ser encaminhadas para o Hospital Municipal de Ipatinga ou ao Hospital Márcio Cunha para avaliação de um pediatra, profissional adequado para detectar os casos suspeitos da doença nessa faixa etária.


Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem vão garantir o atendimento dos pacientes da Unidade de
Hidratação de Ipatinga

Tratamento correto evita agravamento do quadro
Brasília-
O assessor técnico do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, afirma que, na Visita Técnica que será feita junto com a Secretaria Estadual de Saúde ao Vale do Aço, no próximo dia primeiro de fevereiro, será avaliada se a estrutura assistencial é suficiente para o atendimento às pessoas que contraíram dengue. Segundo ele, serão considerados o volume de atendimento nas unidades de saúde, o número de internações e de leitos disponíveis e a ocorrência de óbitos.

O representante do Ministério da Saúde disse que o papel do Ministério da Saúde é contribuir para que a estrutura operacional, incluindo recursos humanos, físicos e tecnológicos esteja adequada à dimensão das epidemias nas regiões e cidades atingidas. “A organização da assistência assegura evolução favorável dos casos, sem agravamentos e óbitos.” Ele afirmou que, quando os relatórios técnicos apontam fragilidades na área assistencial, as recomendações incluem melhorias no processo de trabalho e podem, ainda, resultar no apoio para reforçar as estruturas assistenciais, por meio da Secretaria Nacional de Atenção à Saúde do Ministério (SAS). No ano passado, o Ministério da Saúde repassou R$ 92 milhões para o aprimoramento dos Planos de Contingência em 1.180 municípios.
Neste momento, o técnico está em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, onde são registrados cinco mil casos novos da doença semanalmente.

Timóteo
O secretário municipal de Saúde de Timóteo, Ricardo Martins Araújo, disse que recebeu uma equipe de 13 agentes de combate a endemias para vistorias 31 mil imóveis do município. Atualmente, o número de casos novos de dengue em Timóteo está em 550, uma queda em relação ao pico da curva, que chegou a uma incidência semanal de 850 casos.

Segundo ele, a epidemia de dengue era “anunciada”, pois o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) na cidade, em outubro do ano passado, era de 3,6%, muito próxima do limite de 4%, que determina “altíssimo risco” de surto de dengue.

O agente de endemia tem por obrigação “descobrir focos, destruir e evitar a formação de criadouros, impedir a reprodução de focos e orientar a comunidade com ações educativas”.

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