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Aplicativo da Delegacia Virtual facilita o registro de ocorrências

(Crédito: Agência Minas)

(DA REDAÇÃO) –
A Polícia Civil de Minas Gerais lançou, na última terça-feira (20), o aplicativo da Delegacia Virtual para celulares e dispositivos móveis que utilizam o sistema operacional Android. Agora, o cidadão pode contar com a facilidade do registro de acidente de trânsito sem vítimas pelo celular.

O novo recurso permitirá também que o usuário obtenha informações de localização por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e que possa acionar a câmera de seu aparelho para anexar imagens e filmes em uma ocorrência.

A delegada Regional de Ipatinga, Irene Angélica Franco e Silva Guimarães, disse que o aplicativo visa a trazer uma maior facilidade do registro de acidente de trânsito sem vítimas pelo celular. Conforme ela, ideia é popularizar e desburocratizar o serviço.

"O Serviço da Delegacia Virtual é novo, e embora seja bastante divulgado, ainda não é de conhecimento de todos. Por isso, muitas ocorrências ainda são registradas nas delegacias, mesmo fazendo parte daquelas abrangidas pelo programa. O novo aplicativo é um avanço porque facilita o registro na medida em que é prático, já que pelo próprio celular o usuário poderá fazer o registro, logo após o ocorrido", disse.

PROCEDIMENTO
A ferramenta da Delegacia Virtual está disponível apenas para quem utiliza o sistema operacional Android. O novo recurso permitirá também que o usuário obtenha informações de localização por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e que possa acionar a câmera de seu aparelho para anexar imagens e filmes em uma ocorrência.
Para obtê-lo, basta acessar a página da Google Play Store e baixar o aplicativo. A versão para o IOS, da Apple, já foi homologada e deve ficar disponível pela empresa nos próximos dias.

TRANSTORNO

A operadora de caixa Márcia Alves Camargo contou que passou por vários transtornos para fazer um boletim de ocorrências em novembro do ano passado, quando bateu o carro em uma rua no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. Sem ferimentos graves, ela e o motorista do outro veículo tiveram dificuldades para registrar a ocorrência na delegacia virtual.

"Geralmente quando acontece uma batida entre carros, ambos chamavam a polícia, até mesmo para saber quem estava certo ou errado, ou para fazer um boletim de ocorrências a fim de acionar o seguro. Mas, quando aconteceu esse incidente comigo, eu liguei pro 190, e fiquei surpresa ao saber que a polícia não iria ao local. Foi aí que descobri a Delegacia Online. Achei estranho no começo, mas depois percebi a praticidade da ferramenta", explicou.

COMO FUNCIONA
Com acesso por meio do endereço www.delegaciavirtual.sids.mg.gov.br, a Delegacia Virtual tem links de atalho também nos sites do DETRAN/MG (www.detran.mg.gov.br) e da Polícia Civil de Minas Gerais (www.policiacivil.mg.gov.br).

O registro de ocorrências na Delegacia Virtual é feito por meio do preenchimento de formulários que são apresentados, gradativamente, na tela. Após o envio dos dados ao sistema, a ocorrência passa por uma triagem. Em até quinze minutos, é emitida uma mensagem, informando o número do Registro de Evento de Defesa Social (REDS), bem como a forma de acessá-lo no site do Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS), para imprimi-lo. O documento pode ser usado para fins de acionamento da seguradora, comprovação de extravio de documentos, entre outros.


A delegada Irene Angélica diz que a nova ferramenta pode ser mais utilizada

Usuários da região já utilizam novo sistema

A Delegacia Virtual foi lançada em abril de 2014 e atualmente opera para registro de acidentes de veículo sem vítimas, perda e extravio de documentos e objetos pessoais, notificação de desaparecimento ou localização de pessoas e registro de danos simples, como danos a patrimônio privado, destruição de bens, depredações e pichações.

No Vale do Aço já foram registradas pela Delegacia Virtual aproximadamente 3.246 ocorrências. Destas, 1.494 foram por acidentes de trânsito sem vítimas, 1.654 por extravio de documentos, 84 por extravio de objetos pessoais, quatro por comunicação de pessoa extraviada ou desaparecida e 10 por danos simples.

Vale do Aço
Segundo informações da assessoria da Polícia Civil de Belo Horizonte de abril de 2014 a 14 de janeiro deste ano, dos 3.246 registros, somente em Ipatinga foram 2.081. Sendo 1.018 acidentes sem vítimas, quatro de pessoas desaparecidas, 6 por danos, 1.000 por extravio de documentos e 53 por objetos roubados. Em Fabriciano, são 498 boletins registrados: 256 acidentes sem vítimas, 3 por danos, 14 por objetos pessoais roubados, 225 documentos extraviados e nenhum registro de pessoas desaparecidas.

Em Timóteo esse número é menor. Foram 492 registros. Sendo 161 acidentes com vítimas, nenhum caso de pessoas desaparecidas, uma pessoa utilizou a delegacia virtual para registrar boletim referente a danos, 12 por ter objetos pessoais roubados e 318 ocorrências de documentos extraviados ou roubados.

MINAS
Já em Minas Gerais a polícia contabilizou 85 mil ocorrências. 30.182 foram por acidentes de trânsito sem vítimas, 50.566 por extravio de documentos, 3.535 por extravio de objetos pessoais, 133 por comunicação de pessoa extraviada ou desaparecida e 210 por danos simples.

De acordo com a superintendente-adjunta de Informações e Inteligência Policial, delegada Yukari Miyata, as ocorrências relativas a acidentes de trânsito sem vítimas e extravios de documentos e objetos pessoais representam 12,94% do total em todo o Estado. “A expectativa é que a nova ferramenta possibilite a redução no fluxo de atendimentos, sobretudo em unidades da Polícia Militar”, afirma.

É pouco

A delegada Regional Irene Angélica explica que o número de registros por danos ainda é pequeno porque é preciso levar em conta que este item foi o mais recente módulo de implantação na Delegacia Virtual, passando a ser possível apenas após 30 de outubro de 2014.

"Além disso, apenas o dano sem dolo é passivo de registro, por exemplo, um carro que passa na tampa de esgoto levantada pela chuva, uma pedra que um carro lança contra outro, uma árvore que cai sobre uma casa, ou seja, sem a ação intencional de alguém. Já os danos provocados por alguém intencionalmente só podem ser registrados na Delegacia de Polícia, por se tratar de crime. Assim, é natural que ainda sejam poucos os registros", finalizou.

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