Cidades

Alunos do Nova Esperança protestam contra fim do EJA

“Os alunos pretendem reivindicar, através de abaixo-assinado, a manutenção do EJA na escola do bairro.” Euzimar Ferreira

 

IPATINGA – A conclusão do ano letivo de estudantes do projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Municipal Terezinha Nívia de Oliveira Lopes, situada no Novo Esperança, está ameaçada. Isso porque o prefeito Robson Gomes (PPS), junto com a Secretaria Municipal de Educação, decidiu fechar todas as turmas do projeto que funcionavam na unidade. A notícia foi recebida com revolta pelos alunos.
Euzimar Ferreira Lopes, estudante do 9° ano, contou que a diretora esteve nas salas de aula para dar a informação de que a medida foi tomada por corte de despesas. “Tínhamos duas provas agendadas para aquele dia. Depois da notícia, simplesmente não tivemos mais condições de permanecer dentro da sala. A diretora ainda falou que quem quisesse continuar estudando ia ter que procurar outro local para terminar o ano letivo. Agora pensa na dificuldade que vamos ter, sem falar a distância das opções que existem aqui no bairro Esperança”, lamentou.
A maioria dos alunos do bairro Nova Esperança que frequentam a EJA optaram pela unidade municipal Terezinha Nivia, pela sua proximidade com a parte alta. Se tiverem que se descolar para a Escola Municipal Conceição Pena Rocha, a evasão será grande.
“Não tem ônibus para irmos à escola, que fica no começo do bairro. A maioria dos estudantes vai abandonar novamente os estudos. Estamos indignados por fazerem isso bem no final do ano. Deveriam ter pensado nessa remoção depois das férias ou então no começo do ano”, declarou.

ABAIXO-ASSINADO
Após decidir fechar as classes da EJA, nenhum representante da Secretaria Municipal de Educação esteve na unidade para explicar aos alunos o motivo ou mesmo orientá-los quanto à transferência.
“A diretora apenas comunicou. Até mesmo nossos professores foram pegos de surpresa, apesar de alguns já terem sido transferidos para outras escolas. Diante dessa situação, decidimos protestar e apresentar um abaixo-assinado ao secretário, reivindicando que sejam retomadas as aulas na escola Terezinha Nívia”, revelou.
Os alunos se concentraram na porta da escola às 18h, com faixas e cartazes protestando contra a medida tomada pela Prefeitura. Um carro de som também foi usado para amplificar a mobilização.

FALTA DE DEMANDA
Em nota, a Prefeitura de Ipatinga informou que está redimensionando o atendimento da Escola de Jovens e Adultos (EJA), tendo em vista que a escola citada não apresentou demanda suficiente para o 2º semestre. Os alunos da escola serão remanejados para a instituição mais próxima da residência. A Secretaria de Educação reforça que nenhum aluno ficará sem vaga, “tendo garantido o direito à educação de qualidade”.

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