IPATINGA – Foram condenados na tarde desta quinta-feira (3) dois dos três réus do processo criminal do assassinato do aposentado Anedino da Costa Soares, ocorrido em outubro de 2010.
Ontem, foram julgados Eduardo Augusto de Almeida, apontado como o executor de Anedino, e João Batista Souza e Silva. O primeiro recebeu pena de 19 anos e seis meses. Já o segundo foi condenado a sete anos e 10 meses – segundo o MP, sua participação se deu no roubo e no cárcere privado da família, sem atuar diretamente no assassinato do aposentado.
Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil, que duraram cerca de três anos, o crime foi arquitetado pelo filho da vítima, Douglas da Costa, e começou a ser planejado três meses antes. O objetivo do rapaz seria se apossar dos bens do pai, que atuava como agiota.
No dia 17 de outubro de 2010, o filho Douglas teria reunido a família e amigos em um sítio, na cidade de Periquito. O local seria usado como cena do crime: dois comparsas de Douglas iriam invadir a residência rural e simulariam um assalto para matar o aposentado.
No entanto, Douglas e seu cúmplices não contaram com o destino. No dia da viagem, o aposentado decidiu de última hora não ir ao sítio e resolveu ficar em casa. A trama precisou ser refeita e, para enganar os familiares e amigos, Douglas concordou em ser levado como refém dos supostos bandidos e seguiram para a casa de Anedino, no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, onde mataram a tiros o senhor.
O trio já se encontrava preso desde a época do crime e dois deles – Eduardo e João Batista – já cumpriam condenações por outros delitos.
Nesta quinta, a defesa de Eduardo afirmou, logo após a sessão do Tribunal do Júri, que irá recorrer da sentença proferida pelo juiz Antônio Augusto Calaes, da Segunda Vara Criminal. A Defensoria Pública, representante da defesa de João Batista, disse não saber se irá entrar com recurso contra a decisão. O filho de Anedino será julgado separadamente como mandante do crime e a sessão, segundo o MP, deverá ocorrer ainda este ano.
