Policia

Acusado de homicídio é preso em operação da Polícia Civil

“Chefe” de gangue no Veneza II será indiciado pelo assassinato de Warley Estargil     (Crédito: Gizelle Ferreira)

IPATINGA – Um rapaz de 22 anos acusado de praticar vários crimes contra a vida foi preso na madrugada desta sexta-feira (22), no Centro da cidade. Policiais civis cumpriram o mandado de prisão que havia contra Douglas Chaves Sobrinho, 22 anos, e o encontraram na casa de sua namorada. O acusado já está recolhido no Ceresp.
A operação que se iniciou por volta de 4h da madrugada contou com o trabalho de dez policiais civis. A delegada que estava à frente dos trabalhos, Irene Angélica Franco, disse que a ação de ontem é um desdobramento das investigações da Polícia Civil (PC) para concluir inquéritos que envolvem gangues rivais do bairros Planalto e Veneza II.

Além de Douglas, a polícia ainda conduziu Ulysses Rodrigues dos Santos, 20 anos, por desobediência. A polícia possuía em mãos um mandado de busca e apreensão na casa do rapaz, porém ao ver a polícia o suspeito tentou fugir pulando um muro de seis metros. Foi contido pelos policiais, ouvido na delegacia e liberado. Ulysses já foi alvo de tentativa de homicídio por duas vezes, no entanto, se nega a revelar o autor dos atentados. “Quando a vítima geralmente não conta para a polícia o que sabe, é porque tende a querer se vingar. Esses mandados de busca e apreensão foram emitidos para evitar que aqueles que foram vítimas um dia, acabem se armando para poder retorquir em outro dia”, explica a policial.

ENTENDA
A “guerra urbana” entre os grupos já provocou até mesmo a morte de um inocente. Welisson Lopes da Silva, 26 anos, foi morto a tiros em novembro do ano passado em um bar no bairro Veneza II. Welisson não possuía nenhuma ligação com as gangues rivais, mas, no dia de sua morte estava em companhia de Felipe Flander, integrante do grupo do Veneza.

Quando os atiradores que estavam em um carro se aproximaram do bar, Felipe reconheceu rapidamente os rivais e conseguiu fugir. Já Welisson, que estava de costas, acabou sendo baleado. Um dos tiros lhe atingiu as costas e o outro a perna, e ele morreu no local. Para a polícia não há dúvidas de que Welisson morreu por engano. Cinco pessoas foram indiciadas pela morte do rapaz. Três estão presas e outras duas permanecem foragidas da justiça.

LÍDER DE GANGUE
Douglas é apontado como o chefe do grupo do Veneza e é também o principal acusado de matar a tiros em outubro do ano passado Warley Estargil Oliveira, 18 anos. A vítima conduzia um Honda Fit e foi perseguido na avenida Londrina, no bairro Veneza, por uma moto que se emparelhou ao veículo e o carona efetuou vários disparos contra Warley.
A vítima foi atingida com o carro em movimento, perdeu o controle da direção, chocou-se contra um poste, e morreu no local. A suspeita é de que Douglas tenha efetuado os disparos contra Warley.

RIVALIDADE
Duas possibilidades podem ter motivado este assassinato. A polícia descobriu que Warley não tinha “lado” entre os grupos rivais, ora estava em companhia com os integrantes do Veneza, ora com o grupo do Planalto. Outra motivação seria passional. A ex-mulher de Warley é a atual namorada de Douglas. “O Douglas será indiciado pelo homicídio do Warley, mas ainda existem outras investigações em que ele também está envolvido”, complementa.
A rixa entre os dois grupos teria começado em 2010, depois que um dos integrantes de uma das gangues sofreu um atentado. De lá pra cá se iniciou uma rivalidade entre os bandos, seguida de uma série de tentativas de homicídio e assassinatos.


Warley (detalhe) foi perseguido pelo assassino e alvejado com o carro ainda em movimento

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