Cidades

Acordo entra para a história da Usiminas, diz Sérgio Leite

IPATINGA – O presidente da Usiminas Sérgio Leite destacou nesta sexta-feira durante a solenidade de apresentação de resultados à comunidade, realizada na Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), que ele só foi possível graças ao esforço conjunto dos funcionários da companhia. Durante o evento, Leite falou também sobre a o acordo celebrado entre os acionistas, que colocou fim as divergências entre os dois principais grupos controladores, a Techint e a Nippon Steel.

BONS RESULTADOS
“Nós atingimos um Ebtida de 2,186 bilhões. Se pegarmos o período da crise que explodiu em setembro de 2008, ou seja, de 2009 a 2017, este é o segundo melhor resultado da Usiminas. O primeiro foi em 2010. Isso é um fato muito auspicioso para todos nós, não só da empresa, mas de todo o Vale do Aço, de toda a comunidade, e é fruto do esforço de toda uma equipe que trabalhou de forma intensa durante todo o ano”, enfatizou.
Segundo Sérgio Leite, o próximo passo é seguir trabalhando intensamente. “Entramos o ano de 2018 com uma perspectiva econômica que se inicia de forma muito positiva para o Brasil e estamos com uma perspectiva de crescimento este ano da ordem de 3%. Os principais setores consumidores de aço estão otimistas com a possibilidade de crescimento. Então, temos na Usiminas um grande desafio. Nós temos que trabalhar muito e construir resultados”.

ACORDO
Sobre o acordo entre os acionistas, Leite lembrou que na semana passada, na quinta-feira (8), foi assinado em Londres um acordo entre os dois acionistas controladores, o grupo Techint e a Nipoon Steel, colocando fim a um conflito que se arrastava há mais de 3 anos.
“Nós anunciamos o acordo nos EUA na noite de quinta-feira, às 19:00h e quinze minutos depois anunciamos no Brasil e a repercussão foi imediata, não só junto aos funcionários, mas às comunidades de Ipatinga e Minas Gerais. O acordo foi recebido com muita alegria. É um momento muito importante na nossa história este 8 de fevereiro, que ficará na nossa memória”.
Sérgio Leite recordou que há 2 anos atrás a Usiminas estava numa situação complicada porque não tinha mais como pagar suas dívidas. “Então, tivemos que renegociá-la e o fizemos. Renegociamos por 10 anos com 3 anos de carência, assinamos este compromisso com os bancos em setembro e nosso compromisso era voltar a amortizar em setembro de 2019, mas em dezembro de 2017 nós amortizamos US$ 90 milhões; em janeiro amortizamos mais US$ 180 milhões; em março vamos amortizar mais 100 milhões de dólares. Então, isso representa a capacidade da empresa, com antecipação de quase dois anos, de começar a honrar seus compromissos com a dívida. E isso ocorre porque geramos resultados que suportaram esta decisão que nós tomamos, de iniciar de uma forma antecipada o pagamento da dívida e a repercussão no mercado é muito positiva”, salienta o CEO da Usiminas.

ALTERNÂNCIA

Sérgio frisou ainda a cláusula do acordo que prevê a alternância no comando da companhia entre os grupos controladores. “Dentro deste acordo uma das cláusulas é a alternância na indicação do CEO, que vai ocorrer a cada 4 anos. Eu recebi com muita alegria a minha indicação pelo grupo Techint. Para mim é uma honra ter recebido o apoio em todos, em todos os momentos. Tenho uma relação com a Techint de décadas, assim como com a Nippon”, arrematou.

ALTO-FORNO
Para Leite, o acordo deixa a Usiminas mais forte. “Agora nós estamos mais fortes ainda, mas temos que trabalhar bastante. Nosso próximo passo é reabrir o alto-forno 1 em abril e estaremos aqui para celebrar”, adiantou.
Segundo ele, as obras estão transcorrendo normalmente. “Estamos rigorosamente no prazo e a partir de abril estaremos operando os altos-fornos de Ipatinga a plena carga”.

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