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Achado, na zona rural do Paraíso continua convivendo com o lixo

PARAÍSO – A coleta e destinação do lixo na zona rural de Santana do Paraíso, particularmente no Achado, onde mora grande parte desta população, continua sendo um problema tratado com um descaso que parece ser a regra nos governos que administraram a cidade. A construção de estaleiros de madeira onde o lixo fique protegido de aves e animais até o dia da coleta pode ser uma solução imediata. As campanhas de esclarecimento, mutirões e ações de preservação ambiental são outras possibilidades.
A localidade considerada uma das mais belas e com enorme potencial turístico na Serra do Cocais é também onde mora um grande número de pessoas e recebe semanalmente inúmeros visitantes e sitiantes que, a despeito de visitarem um local de rara beleza, principalmente quando florescem as quaresmeiras, nativas na localidade, se deparam também com o lixo de toda espécie lançado na natureza. Restos de lixo orgânico, fraldas, entalados, plásticos, etc, são depositados à beira das estradas, normalmente nos entroncamentos próximos aos povoados e condomínios que começam a surgir (inclusive sem muito controle das autoridades locais). São locais próximos aos abrigos de pontos de ônibus, onde as pessoas são obrigados a conviver com odores fétidos, moscas e parasitas até que os lixeiros recolham os dejetos, o que é feito 2 vezes por semana, num “caminhão coletor” sem as mínimas condições de operar este tipo de serviço.
A culpa e responsabilidade pela imundície e poluição não é somente da administração pública, embora caiba a ela a dosimetria maior da pena. Coletora de impostos, ainda que parcos, deveria zelar melhor pelo meio ambiente, incentivar o desenvolvimento turístico e promover o desenvolvimento econômico sustentável da região – talvez assim até melhorasse sua arrecadação. A população local e os sitiantes também tem sua cota de responsabilidade, pois poderiam evitar parte da poluição, inclusive cobrando com mais firmeza ações do poder público ou tomando iniciativas próprias, como já fizeram algumas comunidades – já que a prefeitura nada faz –, no sentido de construir estaleiros, ainda eu precários, onde depositam os resíduos, evitando que sejam espalhados por aves de rapina, cães e outros animais.
Talvez reunir a comunidade de quando em vez para discutir problemas como a educação a coleta de lixo, alternativas de emprego e renda, a destinação do lixo, a água e esgoto, o transporte e as comunicações seja um primeiro passo para se fazer algo diferente na zona rural de Santana do Paraíso.
Enquanto não se envolver a comunidade neste debate, de pouco ou nada vai adiantar ficar falando em turismo, ecologia e meio ambiente. Antes, é preciso cuidar da casa para receber bem.

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